Febre amarela: OMS alerta para possível terceira onda de surto

A OMS, baseada nos casos recentes de infecção pelo vírus da febre amarela, pede para o Brasil reforçar as medidas de prevenção

Com pelo menos 36 casos de febre amarela confirmados em seres humanos entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, o Brasil poderia estar vivendo uma terceira onda de surto da doença. O alerta foi divulgado esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país registra, segundo a entidade, oito mortes confirmadas por esse vírus no mesmo período.

As infecções se concentram em 11 municípios de dois estados. Em São Paulo, foram confirmados casos em Eldorado (16 casos), Jacupiranga (1), Iporanga (7), Cananeia (3), Cajati (2), Pariquera-Açu (1), Sete Barras (1), Vargem (1) e Serra Negra (1). No Paraná, duas pessoas apareceram com a doença – uma Antonina e outra em Adrianópolis. O local de infecção de mais um último episódio confirmado de febre amarela está sob investigação.

De acordo com a OMS, 89% dos afetados foram homens, com média de idade de 43 anos. Ao menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais.

“Embora seja muito cedo para determinar se esse ano apresentará os altos números de casos observados ao longo dos dois últimos grandes picos sazonais [o primeiro entre 2016 e 2017 e o segundo entre 2017 e 2018], há indicações de que a transmissão do vírus continua a se espalhar em direção ao sul e em áreas com baixa imunidade populacional”, destacou a entidade, por meio de comunicado.

Em outras palavras, a febre amarela também estaria avançando para regiões com menor adesão à vacina. Atualmente, a recomendação de vacinação vale para o Brasil inteiro.

O passado recente da febre amarela

Dados da OMS apontam que, na primeira onda de febre amarela, entre 2016 e 2017, foram confirmados 778 casos e 262 mortes. Já na segunda, entre 2017 e 2018, foram contabilizadas 1 376 infecções, com 483 óbitos. O período classificado como sazonal para o aparecimento ou aumento de casos da doença no Brasil geralmente ocorre entre dezembro e maio.

Fonte: https://saude.abril.com.br

0 respostas

Deixe uma resposta

Quer juntar-se a discussão?
Sinta-se à vontade para contribuir!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *